Alpinistas ganham espaço nas indústrias de petróleo

25-01-2009 20:44

DivulgaçãoNo lugar das grandes montanhas, navios e plataformas de petróleo. O alpinismo ganhou um novo espaço nas indústrias do Brasil, principalmente no setor petroleiro. O chamado acesso por corda é utilizado para a execução de serviços de limpeza, tratamento e pintura de superfícies, inspeções e instalações de equipamento.

A Climbtec, empresa especializada em alpinismo industrial, é a única do Rio de Janeiro a oferecer treinamento para quem quer se qualificar para o mercado. O curso, que teve início nesta segunda-feira (26), em Niterói, na Região Metropolitana, qualifica o profissional para a nova área de trabalho.

“Para atuar nesse mercado, a qualificação é o primeiro passo. No dia-a-dia, o profissional precisa lidar com os rigorosos processos de segurança e cumprir prazos. É uma espécie de corrida contra o tempo, com altos requisitos de segurança e resultados muito bons para os clientes”, explica Reinaldo Rabelais, diretor da Climbtec.

 
Contudo, Rabelais ressalta que um alpinista esportista também precisa ser qualificado no setor de petróleo e gás para atuar nas indústrias do ramo. Segundo ele, a grande vantagem do escalador (como é chamado o alpinista industrial) é que ele prepara e executa o trabalho em curto espaço de tempo.

 
“As empresas gastam menos tempo e dinheiro ao contratar um alpinista industrial. A execução de serviços, dos mais básicos aos mais complexos, em plataformas de petróleo e navios, por exemplo, passou a ser possível em prazos cada vez mais curtos”, completou.

 

  Qualificação necessária

O aumento do número de empresas trouxe a necessidade de se criar regras para o mercado, principalmente nos quesitos qualidade e segurança. Por isso, a Climbtec se tornou membro do IRATA (Industrial Rope Access Trade Association ou Associação Comercial do Acesso por Corda), certificação inglesa exigida no mercado nacional para a função de alpinista industrial.

 
 

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Um escalador pode ganhar até R$ 700 por dia de trabalho. (Foto: Divulgação/Divulgação)

“Após os cinco dias de curso e, se aprovado, o escalador recebe um certificado que o torna muito requisitado num mercado onde falta mão-de-obra especializada. Até mesmo o alpinista esportista precisa do IRATA para trabalhar como escalador”, disse o diretor da Climbtec.

As qualificações vão do nível um, inicial, ao nível três, mais avançado. De acordo com Reinaldo Rabelais, para um supervisor nível três, a remuneração pode chegar a R$ 700 por dia de trabalho.

 

  Trabalho e lazer

Viver nas alturas, pendurados por cordas e ganhar dinheiro com isso. Essa foi a maneira encontrada pelo escalador Daniel Rabelais, de 33 anos, irmão de Reinaldo. Há sete anos no mercado, ele disse que já praticava alpinismo como esporte antes mesmo de se aventurar na nova profissão.

 
“Eu morava em Petrópolis, na Região Serrana do estado, e comecei a me interessar pelo alpinismo aos 12 anos. Depois, percebi que poderia trabalhar naquilo que eu mais gostava de fazer. Alem disso, é um serviço bem remunerado, já que ainda há poucos profissionais no mercado”, contou o escalador.

 

Criado no final da década de 70, o alpinismo industrial ficou conhecido, segundo a especializada, como uma das melhores formas para reduzir tempo e custos de serviços em locais de difícil acesso.

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